domingo, 29 de junho de 2008

1º dia - A viagem (28/06/08)

Praticamente não se dormiu. O voo que íamos apanhar saía de Lisboa às 6:15 da manhã. Ainda sem luz na rua, encontrámo-nos no aeroporto. A equipa ainda não estava completa. Isso só aconteceria à chegada a Sófia, na Bulgária. De Lisboa saímos quatro: Cláudio Virgílio, Nuno Virgílio, Paulo Nunes e Pedro Pina. Os primeiros três como pilotos e o quarto como jornalista. Do Porto, a equipa técnica, constituída pelo Fernando Amaral e Lucília Pêgo, e dois pilotos, Américo Sousa e Cristiano Pereira.

À porta do Terminal 1 uma multidão de centenas, talvez milhares, de fãs aguardava-nos entusiasticamente. Vários helicópteros sobrevoavam o espaço por cima de nós, na tentativa de obter uma qualquer imagem nossa. À semelhança do Europeu de Futebol, todos os canais de televisão entravam em directo sem motivo aparente. O país tinha parado.

Infelizmente, estou a brincar. O aeroporto estava vazio. Aliás, àquela hora, não se esperaria outra coisa. Era Sábado, 4:30 da manhã, os primeiros aviões do dia descolavam às 6.

A escala era em Munique, pouco depois das 10 da manhã. De camisa cor-de-laranja, equipamento da EP, passeámos pelo aeroporto até à hora do voo para Sófia; em Portugal tínhamos deixado a prova de Castelo de Vide a meio. A duas mangas do final da competição, regressámos a Lisboa, abandonando assim as boas classificações que estávamos a alcançar. O Campeonato Europeu estava já muito próximo e o facto de representar o país falava mais alto.

Já na Bulgária, onde chegámos por volta das quatro da tarde, hora local, encontrámo-nos com o motorista contratado previamente pela FPVL, que nos levou para lá da fronteira búlgara, até Nis, na Sérvia. A meio da viagem, o Cláudio recebe uma boa notícia: venceu a primeira prova do Campeonato Nacional. No último dia de prova em Castelo de Vide, a manga tinha sido cancelada. Como após as outras duas mangas estava classificado em primeiro da geral, significava que seria o vencedor da prova; esta notícia deu-nos ainda mais motivação para o desafio que se aproxima.

Já o sol se punha quando chegámos a Niska Banja, a dez quilómetros de Nis, a segunda maior cidade da Sérvia. Instalados numa casa bastante agradável, era altura de descansar. O dia tinha sido longo e a noite não o ia ser tanto. Na manhã seguinte, teríamos que nos levantar cedo para tratar das burocracias.