quinta-feira, 3 de julho de 2008

1ª manga válida (03/07/08)


Hoje finalmente competiu-se. A subida para a descolagem fez-se realmente mais cedo. Por volta das 10 da manhã, já eram muitos os pilotos que lá estavam. Mas ainda não se sabia de que descolagem se ia sair. O vento fraco de N/NW que se fazia sentir na altura, deixava com que alguns ciclos térmicos entrassem de frente na descolagem Sul. A organização não sabia ainda para onde levar os pilotos. Vários balões com hélio foram largados dessa descolagem para tentar perceber a direcção e intensidade do vento em altitude. Este não parecia ser muito forte, o que deu ânimo a todos os que já tinham preparado aí o equipamento.

O primeiro briefing teve lugar pouco antes do meio-dia. A manga foi definida (muito semelhante à do dia de ontem) e alguns conselhos foram dados aos pilotos. Quando terminou, o vento entrava de costas há já 25 minutos. Com esta situação pela frente, a decisão de mudar para a descolagem NW teve que ser tomada. Os pilotos pegaram imediatamente nas suas asas e dirigiram-se para a outra descolagem. Novo briefing foi feito. Com um estilo de manga elapsed time, significava que os pilotos tinham todo o tempo que quisessem, dentro da janela de descolagem, para irem para o ar e começarem a manga. Seria um contra-relógio individual. Como esta descolagem é bastante mais pequena que a outra, os pilotos eram chamados a descolar por ordem de ranking FAI, não tendo assim grande opção de escolha do momento de sair.

Mas também aqui o vento começou a fraquejar e a entrar, por vezes, de costas. A quantidade de descolagens falhadas foi enorme. Ainda assim, com uma janela aberta durante três horas, todos os pilotos tiveram tempo de descolar, alguns mais que uma vez. O Nuno e o Cláudio foram dois desses pilotos. Como já referi anteriormente, hoje não houve tempo para escolher o ciclo para sair e eles tiveram azar. Quando descolaram não havia qualquer térmica; com eles, foram mais quinze pilotos para o chão.

No entanto, depois de descolarem segunda vez, agarraram a térmica e não a largaram mais. O Cristiano juntou-se a eles e saíram os três juntos para a primeira baliza. Entretanto, já o Paulo Nunes e o Américo Sousa tinham começado a manga. Infelizmente, a qualidade do dia de voo piorou bastante. A térmica era bastante fraca, com uma inversão por volta dos 1300 metros, o que os impedia de garantirem as transições com mais segurança. Outro obstáculo ao voo foi o facto de, tal como na manga anterior, existir uma perna contra-vento.

O resultado foi apenas dois pilotos na meta: o francês Greg Blondeau ganhou a manga e o Jeremie Lager ficou em 2º lugar. Apesar de o primeiro piloto não pontuar para a equipa gaulesa, este país teve um bom resultado (3º lugar na geral) nesta manga. A Itália conseguiu o 2º lugar e a Suíça encontra-se neste momento a liderar a prova. Portugal conseguiu, apesar das dificuldades, o 14º lugar em 29 equipas. É de salientar que a diferença de pontos entre o 5º e o 15º lugar é pouco significativa, o que significa que uma recuperação é perfeitamente viável. Foi só o primeiro dia e, como se costuma dizer, a primeira é para os pardais.

Os resultados são ainda provisórios, visto que há dados relativos a alguns pilotos que ainda não foram processados. Amanhã ficarão aqui disponíveis os resultados definitivos de cada piloto, bem como as suas pontuações.


Paulo Nunes – 49º

Américo Sousa – 59º

Cláudio Virgílio – 61º

Nuno Virgílio – 79º

Cristiano Pereira – 90º



Suiça – 1º

Itália – 2º

França – 3º

...

Portugal – 14º