domingo, 6 de julho de 2008

2ª manga válida (06/07/08)


A previsão de vento forte para hoje criava alguma desconfiança nos pilotos. Ao chegar à descolagem, pouco antes das 11 da manhã, as mangas de vento confirmavam essa desconfiança. Praticamente ninguém abriu os sacos. O primeiro briefing, que teve lugar às 11:30, não deu certezas nenhumas. A manga definida tinha 57 quilómetros e era uma corrida directa da descolagem para a meta, que se ficava poucos quilómetros depois da cidade de Pirot. A hora de abertura da janela e do start estava dependente da evolução das condições meteorológicas, principalmente no que dizia respeito à intensidade do vento.

Depois disto só nos restava esperar. Por esta altura, todos os argumentos eram bons para descontrair. A equipa francesa tinha comprado bisnagas no dia anterior. O resultado foi uma descolagem completamente em “guerra”, mas muito animada. O stress pré-descolagem foi esquecido por momentos. Por volta do meio-dia e meia, sai o único wind dummie do dia. Não era, no entanto, um qualquer. O Jean Marc Caron descolou para testar as condições de voo. Apesar de parecer, pelo seu voo, que o vento estava ainda bastante forte, foi o suficiente para que a janela fosse aberta. Eram 14:30 quando isso aconteceu.

O sistema de múltiplos starts permitiu aos pilotos descolarem com mais tranquilidade. Apesar disso, foram muito poucos os que saíram primeiro num grupo mais isolado. A maioria preferiu esperar pelos restantes pilotos para que saíssem todos juntos e, deste modo, garantissem com mais certezas a chegada à meta. O único piloto português que não chegou à meta partiu na frente do grupo. No entanto, como esta não era muito consistente e andava sistematicamente mais baixo, acabou por pagar mais caro.

Segundo resultados ainda provisórios e contas feitas por nós (a organização ainda não lançou os resultados por equipas), Portugal conseguiu o 3º lugar nesta manga, logo atrás da Eslovénia e da Suíça. A manga foi ganha pelo dinamarquês Mads Syndergard que, no entanto, foi mais lento que dois dos pilotos a pontuar para a equipa portuguesa. Aqui, o facto de ter saído um start à frente da maioria dos pilotos beneficiou-o devido aos pontos de liderança. Deste modo, e só a título de exemplo, o 3º classificado, o suíço Stephan Morghentaler fez um tempo quase cinco minutos inferior a Syndergard.

Américo Sousa – 12º (788)

Cláudio Virgílio – 18º (769)

Nuno Virgílio – 26º (754)

Paulo Nunes – 74º (602)

Cristiano Pereira – 105º (267)